quinta-feira, abril 12, 2007

a primeira tattoo a gente nunca esquece...

Resolvi fazer uma tattoo. Usei a desculpa de uma cicatriz que tenho na perna, mas na verdade, comcei a me sentir uma sem-tribo por ser uma sem-tattoo (brincaderinha!). Queria mesmo cobrir uma cicatriz e achava fútil fazer plástica. Coisa de perua, sabe? Comecei a amadurecer a idéia. O mais incrível: minha mãe começou a alimentar a idéia. Mas isso não é papel de mãe, mesmo de mãe de uma jovem senhora como eu...

E o que faço com o medo da tattoo?

Medo de quê, Maria Paula?

O medo da dor encabeça as 3 primeiras posições no ranking. Depois vem o medo de desistir no meio do processo porque eu sou covarde à vera. Aí a gente desenrola a lista do medo: de cansar da tatuagem, de ficar feio, de escolher um desenho porque é bonitinho e descobrir que não tem nada a ver comigo etc. Como diria o Lenine: Medo! Que dá medo que medo que dá!

A paranóia era tanta que comecei a fazer umas tatuagens de henna para testar a sensação de ter uma mancha na minha perna maior do que a cicatriz que quero cobrir. Num domingo de sol, passou um carinha daqueles com catálogos gritnado: "Tattoo de henna! Baratinho! Tattoo de henna!"

Pronto! Fiz!

Tatto 003

Ao cabo de duas semanas, estava passando uma bucha com sabão para tirar aquela lagartixa que subia na minha perna e me fazia ter pesadelos.

Comecei a navegar em zilhões de sites de tattoo para descobrir que tipo de imagem eu teria no meu corpo para sempre. No meio de um bate-papo cheguei à conclusão que tudo na vida passa, mas ser carioca é pra sempre! Mas qual de tantas paisagens tão lindas? São tantas! Well, o Pão de Açúcar foi escolhido. Não está concorrendo a entrar para o rol das Sete Maravilhas do Mundo (aliás votem no Cristo, please) mas está em primeiro no meu coração.

Heinen (um artista de primeira linha, diga-se de passagem) e eu sentamos juntos e discutimos que tipo de tatuagem seria. Ele, em apenas poucos segundos, como só um gênio consegue, e desenhou um belíssimo Pão de Açúcar com barquinhos na baía.

Outra novela se deu. Entre ter o desenho e resolver fazer a tatuagem rolaram umas seis semanas... As dúvidas britavam na minha cabeça: Onde vou fazer? Com quem? Vai doer? Minha mãe pode segurar minha mão?

Liguei para uma loja de tattoo e quem atende? Um indivíduo chamado Bomba! Que medo! Não posso fazer uma tatuagem com um cara chamado Bomba! O cara deve ser mal encarado...
O Bomba estava ocupado quando cheguei na loja. Levei meu desenho e tive uma decepção: a tatuagem não ia resolver o problema da minha cicatriz. E o que faço com toda a preparação psicológica e psicótica que fiz durante esse tempão?

- Por que não tatua as costas? Não precisa ser grande. E juro que não vai doer. Não vai levar nem 10 minutos...

Entrei na loja para tirar dúvidas e saí tatuada...

Pão de Açúcar the real thing

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