segunda-feira, outubro 02, 2006

que país é esse?

vote

Volto a pensar sobre nossa participação na situação do país. Comecei a refletir sobre isso na semana passada quando escrevi brasil: somos inocentes?. Vamos ver quem são alguns do candidatos eleitos pelo nosso povo que sofre com a falta de um sistema de educação, de saúde, enfim de dignidade. E tudo isso por que? Por nada. As CPIs e seus indiciados eram ficção. Pelo menos é o que parece...

Volta e meia se diz que brasileiro tem memória curta. E como! Se já conseguiram mapear o genoma humano para prevenir doenças genéticas no ato da fertilização, quero que meu filho tenha essa falta de memória extirpada antes de ser gerado!

pasta de dinheiro

Sabem quem foi o segundo mais votado deputado Federal do país? Paulo Maluf!

O ex-prefeito Paulo Maluf (PP), investigado há três anos e quatro meses por remessas milionárias para o exterior, foi denunciado na Justiça por crime de evasão de divisas e, em outra ação, foi instado a devolver, com mais 36 pessoas, R$ 5 bilhões aos cofres paulistanos -o que equivale a um terço do Orçamento da Prefeitura de São Paulo para 2005. (Folha de São Paulo Online)

Collor: foi eleito para o Senado por Alagoas!

Antonio Palocci teve 90.214 votos!
José Genoíno! João Paulo Cunha!

Não resisto e copio matéria do O Globo Online:

Maioria dos envolvidos no mensalão teve bom desempenho nas urnas
Plantão Publicada em 02/10/2006 às 01h04m
Raquel Miura, Luiza Damé, Alan Gripp e Isabel Braga - O Globo
BRASÍLIA - Ao contrário dos sanguessugas, que foram rejeitados pelo eleitor, a maioria dos deputados acusados de envolvimento com o mensalão teve bom desempenho nas urnas e conseguiu se reeleger com folga. Dos 12 parlamentares acusados de receber dinheiro do valerioduto e disputaram a eleição, sete conseguiram assegurar uma vaga na Câmara dos Deputados.
Em São Paulo, quatro envolvidos no escândalo foram reeleitos: João Paulo Cunha (PT), acusado de obter R$ 50 mil do esquema, conseguiu 177 mil votos e foi o petista mais votado; José Mentor (PT), também conseguiu se reeleger, com mais de 100 mil votos; Valdemar Costa Neto (PL), que confessou ter recebido R$ 6,5 milhões do caixa dois do PT e renunciou para fugir do processo de cassação, também obteve mais de 100 mil votos e voltará à Câmara; o quarto paulista citado no escândalo que conseguiu vitória nas urnas foi Vadão Gomes (PP). Assim como José Mentor e João Paulo Cunha, Vadão Gomes foi absolvido pelos colegas no Congresso.
Enquanto João Paulo Cunha lidera a lista de eleitos do PT, o relator do seu processo de cassação no Conselho de Ética, o deputado Cézar Schirmer (PMDB-RS), não foi reeleito.
O ex-presidente do PT José Genoíno, que deixou o cargo depois que vieram à tona as denúncias do mensalão, também foi eleito. Já o ex-líder do governo Professor Luizinho (PT) não conseguiu os votos necessários para continuar na Câmara.
No Pará, mesmo tendo sido acusado de ter recebido uma das maiores cifras do valerioduto (R$ 920 mil), Paulo Rocha (PT-PA) foi eleito com mais de 80 mil votos, tendo o melhor desempenho da Frente Popular Muda Pará. Rocha renunciou para escapar da cassação pouco depois de o escândalo vir à tona.
O deputado Sandro Mabel (PL-GO) se elegeu com o terceiro melhor desempenho em Goiás. Acusado de ser um dos operadores do mensalão pelo deputado cassado Roberto Jefferson (PTB-RJ), Mabel, que foi inocentado pelo Conselho de Ética por falta de provas, foi absolvido também pelos eleitores: teve mais de 108 mil votos.
José Borba (PMDB-PR), acusado de ter recebido R$ 2,1 milhões de caixa dois, teve sua candidatura impugnada porque seu partido não o incluiu na lista dos candidatos e, por isso, seus votos não foram computados. Borba tentou eleger sua ex-chefe-de-gabinete, Doutora Sebastiana (PRTB-PR), mas fracassou: ela não conquistou nem mil votos.
Já os parlamentares de Minas Gerais citados no escândalo não foram perdoados. João Magno (PT) e Romeu Queiroz (PTB), acusados de receber dinheiro das empresas de Marcos Valério, não se elegeram.
Dos outro sete deputados envolvidos diretamente no escândalo, três foram cassados - José Dirceu (PT-SP), Roberto Jefferson (PTB-SP) e Pedro Corrêa (PP-PE) - e, por isso não puderam concorrer. Quatro desistiram: José Janene (PP-PR), que ainda não foi julgado pelo plenário da Câmara; Roberto Brant (PFL-MG); Bispo Rodrigues (sem partido-RJ); e Wanderval Santos (PL-SP). Os dois últimos também são acusados de envolvimento com a máfia dos sanguessugas.

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