l'aéroport
Uma viagem é sempre algo emocionante e adoro viajar, mas odeio estar em trânsito. Não tenho medo de avião e normalmente durmo bem durante todo o vôo. O que odeio é todo aquele processo de pensar no que levar por causa do tempo, da estação do ano e assim vai. Depois tem aquela fase em que a gente descobre que precisa comprar umas coisinhas antes de viajar e fazer a mala (esta, aliás, é uma das piores etapas de se viajar). O táxi pro aeroporto nem é um problema, mas chegando lá tem o check-in. (E por falar no Galeão, o aeroporto parece jogado às moscas. Está sempre vazio, com goteiras etc. Nem parece o aeroporto de uma cidade tão grande.) E foi nesse momento que tomei um susto.
Estávamos no balcão da TAM (tam-tam-tam-tam, musiquinha velha né?) quando um grupo de 50 crianças e adolescentes uniformizados com o nome de seu clube desportivo estampado nas costas. Não me lembro do nome do clube mas era de BH. A funcionária da TAM me informou que aquele grupo de delinqüentes estava em nosso vôo. Nem um escola de samba em um avião teria o potencial de estrago de um grupo de 50 aborrecentes.
Check-in feito. Resolvemos jantar em um restaurantezinho para passar o tempo e para não ter que comer aquela comida horrorosa de avião. Passamos pela Polícia Federal e logo depois raio-X de segurança do aeroporto para verificar as bagagens de mão. Minha bolsa de mão era pequena. Estava segurando minha jaqueta de couro, meu passaporte e uma garrafinha de água mineral. O oficial da Polícia Federal encrencou com a minha garrafinha de água transparente. Mas não é lógico? Eu poderia estar portando nitroglicerina, que é um explosivo altamente instável e transparente... OK. Quem sou eu para discutir com um policial? A garrafinha estava cheia e ainda lacrada. Quebrei o lacre e a bebi toda de um gole só e lhe perguntei se haveria uma lixeira por perto.
- A senhora pode passar com a garrafa agora que está vazia.
Ninguém merece. Definitivamente, algumas pessoas não podem ter poder nas mãos...
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