segredinhos secretinhos
Era pra ser secreto... Agora é pra desabafar, escrever bobagens, mentiras e verdades, pensamentos perturbados, receber elogios, sei lá.
quinta-feira, abril 26, 2007
chatêau du vin
Ao telefone:
- Amiga, tenho fococas para te contar...
- Claro que tem a ver com homem... É sobre um carinha que conheci.
- A gente se conheceu numa festa anteontem. Rolaram olhares a noite toda até que ele pediu à anfitriã que nos apresentasse. A química rolou!! Uau!
- PEdiu, sim! Trocamos telefones!
- Já ligou sim! Não acreditei quando viu o número dele no meu celular anteontem mesmo. Deu até palpitação de alegria.
- Se fiquei nervosa? Claro que sim! Fiz um pouquinho de doce e demorei a atender. Também porque precisva respirar para recuperar o auto-controle. Ele disse que nem conseguiu esperar muito. Mal me conhecia mas já sentia saudades e aquele friozinho na barriga de ansiedade para me ver de novo. Você acredita que ele ligou antes mesmo de chegar em casa?
- Juro! Era puro romance no ar! Marcamos um encontro romântico para ontem...
- Vou te contar tudinho em detalhes...
- Não preciso nem dizer que eu preciasca de vestidinho novo, né? ah, e uma lingerie especial também. Ssuperstição, sabe? Se a roupa de baixo for especial...
- Ele chegou na hora! Super pontual. Parou o carro, subiu e me trouxe flores: duas dúzias de rosas vermelhas.! Você acredita?!?
- Nem tem conto, menina!
- Depois que saímos, ele disse que ia me levar a um lugar lindo. Entramos no carro, um carrinho velhinho tadinho..., mas isso é o de menos, né? Entramos no Linha Amarela onde ele se perdeu e tivemos que pagar 4 pedágios até chegarmos a AlligatorCity num bar de vinhos chamado Chatêau du Vin.
- Ih, já está chocada? Ainda não te contei da missa um terço!
- O lugar era meio caidinho, aliás, bem brega pra falar a verdade.
Suspiro...
- Ele pediu a carta de vinhos e nesse bar você pode escolher inclusive as taças que quer usar de acordo com o vinho. Aí achei que a noite poderia ser maneira. Se o cara escolheu esse bar apesar da breguice, mas com esse diferencial para quem realmente curte vinho, de repente eu podia ter me enganado...Ele escolheu uns copos para vinho tinto lindos mas não me deixou ver qual vinho escolheu. E disse: Um vinho especial para uma mulher especial...
- Fiquei tão tensa, menina...
- O vinho chegou. Era branco, menina! Em copo de vinho tinto! O garçom não tinha um saca-rolha em mãos. Pensei: o serviço está começando a pecar...
-De repente, o garçom gira a tampa e abre o vinho. Congelei. Vinho de garrafa de plástico com tampa de rosca. Só pensei: Será que isso pode piorar? Claro que dá!
- Juro que tem mais... Ele perguntou se eu queria um petisco e pediu, você não vai acreditar no que ele pediu: queijo prato e isca de peixe! E o vinho ainda por cima era doce! Enjoativo! Parecia que tinha virada um açucareiro inteiro dentro do diabo do vinho!
- Carajo! Entrei na fila 2o vezes para me meter em furada!
- É, eu sei. Sou pára-raios de maluco mesmo! Deus me livre.
- Não, ele era agradável, e até romântico, mas já vou, né? Na volta, ele se superou!
- Ah, você não acredita que ainda tenha mais coisa para contar, né? Então deixa eu te contar. No caminho de casa, ele me pára em frente a um cemitério e rouba flores para me dar flores.
- Juro por deus! Peguei as flores em estado de choque. Ele me deixou aqui em casa lá pelas 1:00 da manhã e queria subir, mas disse que tudo estava indo muito rápido. Dei um beijinho rápido e subi correndo.
- Calma! Deixa eu terminar!
- Tem mais, sim! Ainda tem o Grand Finale! Ele me ligou a cobrar no meio do caminho porque já estava morrendo de saudades e queria me ver hoje.
- Eu sei que parece mentira, mas é tudo verdade.
- Ai, amiga! Cansei dessa vida...
Marcadores: blind date, malucos
segunda-feira, abril 23, 2007
questão tostines
Tostines vende mais porque é mais fresquinho ou é mais fresquinho porque vende mais?
Você não tira o visto americano sem a passagem mas não tem o que fazer com a passagem se o seu visto não for aprovado.
Como pode?
A história de tirar o visto virou uma loteria, um jogo de azar (ou sorte, chame como quiser). Tudo depende da pessoa que está te atendendo e se ele(a) foi com a sua cara. Não há critério!
Um amigo teve seu visto negado. Estava de posse de sua passagem, contrato das empresas onde é sócio há mais de cinco anos, identidade comprovando seus 50 anos, extrato de conta bancária etc. e deu o azar de pegar uma oficial solitária e mal amada pela frente. Íamos os três, minha mãe, nosso amigo e eu, vistar duas pessoas muito especiais: Jeremy e Armando.
Até, amigos! Ficam as saudades!
Até um dia, até talvez, até... quem sabe... (João Donato e Lyslas Enio)
segunda-feira, abril 16, 2007
é fantástico!
Estava eu, ontem, no aconchego do meu lar quando meu celular toca e ouço a voz da Valéria gritando, entre várias chamadas em espera:
- Mary Paul, você está linda na TV!!!
E eu perdida entre um cochilo e outro depois de um fim-de-semana altamente etílico:
- Uh?!? O que? Quem? Do que você está falando?
- Sua louca! Você apareceu no Fantástico! No quadro novo da Fernanda Lima! Pôxa! Nem contou pr'a gente...
E como eu ia saber?!? Gravamos o programa em novembro e nos disseram que nos avisariam sobre a data de exibição.
Em apenas alguns segundos, recebi 20 ligações e descobri que todos mentem: todo mundo diz que não vê o Fantástico, que é deprimente, que anuncia a chegada de segunda-feira, mas todos estavam grudados na telinha ontem...
Eu mesma tive que esperar a reprise do Fantástico na GloboNews para me ver. Parece que nossa entrevista foi dividida em quatro blocos e irá ao ar nos próximos três domingos.
Se continuar assim, vou ter que dar autógrafo e contratar seguranças contra os papparazzi.
Marcadores: tv
quinta-feira, abril 12, 2007
a primeira tattoo a gente nunca esquece...
Resolvi fazer uma tattoo. Usei a desculpa de uma cicatriz que tenho na perna, mas na verdade, comcei a me sentir uma sem-tribo por ser uma sem-tattoo (brincaderinha!). Queria mesmo cobrir uma cicatriz e achava fútil fazer plástica. Coisa de perua, sabe? Comecei a amadurecer a idéia. O mais incrível: minha mãe começou a alimentar a idéia. Mas isso não é papel de mãe, mesmo de mãe de uma jovem senhora como eu...
E o que faço com o medo da tattoo?
Medo de quê, Maria Paula?
O medo da dor encabeça as 3 primeiras posições no ranking. Depois vem o medo de desistir no meio do processo porque eu sou covarde à vera. Aí a gente desenrola a lista do medo: de cansar da tatuagem, de ficar feio, de escolher um desenho porque é bonitinho e descobrir que não tem nada a ver comigo etc. Como diria o Lenine: Medo! Que dá medo que medo que dá!
A paranóia era tanta que comecei a fazer umas tatuagens de henna para testar a sensação de ter uma mancha na minha perna maior do que a cicatriz que quero cobrir. Num domingo de sol, passou um carinha daqueles com catálogos gritnado: "Tattoo de henna! Baratinho! Tattoo de henna!"
Pronto! Fiz!
Ao cabo de duas semanas, estava passando uma bucha com sabão para tirar aquela lagartixa que subia na minha perna e me fazia ter pesadelos.
Comecei a navegar em zilhões de sites de tattoo para descobrir que tipo de imagem eu teria no meu corpo para sempre. No meio de um bate-papo cheguei à conclusão que tudo na vida passa, mas ser carioca é pra sempre! Mas qual de tantas paisagens tão lindas? São tantas! Well, o Pão de Açúcar foi escolhido. Não está concorrendo a entrar para o rol das Sete Maravilhas do Mundo (aliás votem no Cristo, please) mas está em primeiro no meu coração.
Heinen (um artista de primeira linha, diga-se de passagem) e eu sentamos juntos e discutimos que tipo de tatuagem seria. Ele, em apenas poucos segundos, como só um gênio consegue, e desenhou um belíssimo Pão de Açúcar com barquinhos na baía.
Outra novela se deu. Entre ter o desenho e resolver fazer a tatuagem rolaram umas seis semanas... As dúvidas britavam na minha cabeça: Onde vou fazer? Com quem? Vai doer? Minha mãe pode segurar minha mão?
Liguei para uma loja de tattoo e quem atende? Um indivíduo chamado Bomba! Que medo! Não posso fazer uma tatuagem com um cara chamado Bomba! O cara deve ser mal encarado...
O Bomba estava ocupado quando cheguei na loja. Levei meu desenho e tive uma decepção: a tatuagem não ia resolver o problema da minha cicatriz. E o que faço com toda a preparação psicológica e psicótica que fiz durante esse tempão?
- Por que não tatua as costas? Não precisa ser grande. E juro que não vai doer. Não vai levar nem 10 minutos...
Entrei na loja para tirar dúvidas e saí tatuada...
Marcadores: Rio de Janeiro, tattoo
terça-feira, abril 10, 2007
the day after
Na hora do alongamento é uma delícia, mas durante os exercícios...
A aula de Ball Power é bem completa:
- trabalha força
- trablaha flexibilidade
- trabalha equilíbrio
Mas também é muito mais didática que uma aula de Biologia: você descobre músculos que nunca nem sonhava que existiam.
TODOS OS MÚSCULOS COM MEU CORPO ESTÃO SE MANIFESTANDO EM FORMA DE DOR!!!!!
Marcadores: malhação
segunda-feira, abril 09, 2007
comida 4 x 0 ginástica
Chega!
Já não tenho mais desculpas para fugir da academia.
Já acusei o tempo: Quem mandou ser tão pouco? Nunca dá tempo de ir malhar!
Já acusei o trabalho: Por que tanto?
Já acusei minha terapeuta: Pô, o horário das nossas consultas atrapalha o horário da academia!
Já acusei a minha tatto: O cara mandou ficar 1 semana sem malhar.
Mas depois desta Páscoa... Para acusar alguém, só se for a falta de vergonha na cara...
Amanhã. Sem falta. Ball Power e muita dor. Mas, como dizem os ditados:
"No pain, no gain!"; "A dor passa, o resultado fica."
quinta-feira, abril 05, 2007
zé gotinha
Gente,
essa semana foi semana de vacinação das gatas. Uma aventura sem tamanhos e de danos físicos e morais inenarráveis.
Me lembrei de uma anedota que recebi há uns meses que, apesar de visar o entretenimento de quem lê, é a mais fiel narrativa do evento.
Como dar remédio ao seu gato:
- Pegue o gato e coloque-o em seu braço esquerdo, como se estivesse segurando um bebê. Posicione o dedo indicador e o polegar da mão esquerda em cada canto da boca do gato. Pressione levemente para que ele abra a boca. Tão logo isso aconteça, coloque o comprimido em sua boca. Permita que o gato feche a boca e engula a pílula.
- Pegue a pílula do chão e o gato de trás do sofá. Encaixe-o no seu braço esquerdo e repita o processo.
- Apanhe o gato no quarto e jogue fora o comprimido encharcado.
- Pegue um novo comprimido, coloque o gato em seu braço esquerdo e segure as patas traseiras com a sua mão esquerda. Force-o a abrir a boca e empurre o comprimido até a garganta com o indicador. Feche a sua boca imediatamente e conte até 10 antes de soltá-lo.
- Apanhe o comprimido de dentro do aquário e o gato de cima do guarda-roupa. Peça ajuda a um amigo.
- Ajoelhe-se no chão com o gato preso firmemente entre os joelhos, segurando suas quatro patas. Ignore os grunhidos emitidos pelo gato. Peça ao amigo que segure com força a cabeça dele enquanto você abre a boca. Coloque uma espátula de madeira o mais fundo que puder. Deixe o comprimido escorregar pela espátula e esfregue a garganta vigorosamente.
- Apanhe o gato que está grudado no trilho da cortina e pegue outro comprimido. Lembre-se de comprar uma nova espátula e remendar a cortina. Cuidadosamente enrole o gato numa toalha, de modo que apenas sua cabeça fique de fora. Peça para o amigo mantê-lo assim. Dissolva o comprimido em um pouco de água, abra a boca do gato com o auxílio de um lápis e despeje o líquido em sua boca.
- Veja na bula do remédio se ele é nocivo para seres humanos. Beba um pouco de água para se acalmar. Faça um curativo no braço do amigo e limpe o sangue do tapete com água morna e sabão.
- Busque o gato no vizinho. Pegue um novo comprimido. Bote o gato dentro do armário da cozinha e feche a porta, mantendo a cabeça do gato para o lado de fora. Abra a boca com o auxílio de uma colher de sobremesa. Jogue o comprimido para dentro da boca com o auxílio de um estilingue.
- Vá até à garagem e apanhe uma chave de fenda para colocar a porta do armário no lugar. Coloque uma compressa fria nos arranhões do seu rosto e cheque quando tomou pela última vez a vacina antitetânica. Jogue a camiseta fora e apanhe outra em seu quarto.
- Chame o Corpo de Bombeiros para apanhar o gato do alto da árvore do outro lado da rua. Peça desculpas ao vizinho que se machucou tentando desviar-se do gato. Pegue o último comprimido do frasco.
- Amarre as patas dianteiras nas traseiras com uma corda do varal e prenda o gato no pé da mesa de jantar. Coloque luvas de jardinagem. Abra a boca do gato com uma pequena chave inglesa. Coloque o comprimido seguido de um pedaço de filé mignon. Segure a cabeça dele na vertical e derrame meio copo d’água para ajudá-lo a engolir o comprimido.
- Peça ao seu amigo para levá-lo ao pronto-socorro mais próximo. Sente-se tranqüilamente enquanto o médico sutura seus dedos e braços e remove pares do comprimido que ficaram encravadas no seu olho direito. Pare na primeira loja de móveis no caminho de casa e encomende uma nova mesa de jantar.
- Procure um veterinário que faça atendimento a domicílio.
E olha que a vacinação foi com veterinário à domicílio. Ou seja, já comecei pela última recomendação...
depois de longo e tenebroso inverno...
Vamos ver se a indolência sai desse corpo e permite que eu volte a escrever...
Marcadores: preguiça