quinta-feira, agosto 31, 2006

sudoku

Alguém já ouviu falar do Sudoku (sudôku)? Claro que sim! É a nova mania mundial de jogos de lógica. Está em todos so jornais agora. Mas o que é Sudoku, afinal?

"Sudoku é um jogo de lógica que trabalha com um tabuleiro 9x9 e números. O tabuleiro é dividido em 9 regiões com uma grade 3x3 em cada. Cada região, linha e coluna não pode ter números repetidos.

O nome do jogo vem do japonês SUUJI WA DOKUSHIN NI KAGIRU (cruzes!), que significa "Os números precisam se manter singulares" (sem repetição).


Como você podem pelas regras é super simples e viciante (há quem pense assim) de se jogar:

sudoku 2

  • A. Essas são as colunas, e todas as colunas têm que ser preenchidas com os números de 1 a 9 sem repetí-los.
  • B. Essas são as linhas, e tal como nas colunas, têm que ser preenchidas com os 9 números sem repetí-los.
  • C. Essa é uma grelha chamada "quadrículo". Funciona da mesma maneira, preencher com os 9 números sem repetí-los.
  • Algumas células já contém números. São os chamados "given" (fornecidos - são os números em preto). O objetivo do puzzle é preencher as células vazias, um número por célula, para que cada coluna, linha e região contenham os números de 1 a 9 sem repetí-los.
  • Paralelamente, na solução final, cada número aparece uma única vez em cada uma das 3 direções, por isso chama-se "SUDOKU" (números únicos)."

Como sou viciada em palavras cruzadas, quebra-cabeças e quaisquer outras coisas que quebrem a minha cabeça, resolvi tentar. Entrei numa livraria com toda confiança. Uma mocinha super prestativa veio correndo me atender:

- Posso ajudar em alguma coisa?

- Eu queria um Só dô kú.

- Perdão. A senhora quer o quê?!?

Como assim? O jogo não é famoso mundialmente? Não é a nova febre? Como ela não sabe de nada?

- Só dô kú.

A vendedorinha engoliu a seco.

- Só dô kú. Aquele jogo japonês de números que está na moda.

- Ah, a senhora quer Sudôku? Temos de vários níveis desde o inciante ao avançado. Estão naquela prateleira ali.

Pensei: só dô kú básico ou avançado? Hehehe!

- Obrigada. vou escolher um pra mim...

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terça-feira, agosto 29, 2006

o aniversariante de hoje é:

a Kitty! Minha gata linda! Completa seu primeiro aninho!

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PARABÉNS!!!!!

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segunda-feira, agosto 28, 2006

policia federal

pcerj


Hoje eu não vou escrever nenhuma historinha ou crônica. Hoje escrevo sobre o que todos nós estamos cansados de saber sobre a nossa polícia. É sempre aquele blá, blá, blá. Está em todos os jornais. A gente sabe como andam as coisas. Em teoria. Apenas alguns de nós, como eu, tiveram a oportunidade de comprovar como anda a nossa justiça.

Tenho um processo criminal rolando. Calma! Sou vítima e não ré. E já fui algumas vezes à Polinter para depor ou acompanhar minhas testemunhas. Sempre fui muito bem recebida, na hora marcada e dentro do possível conforto.

Quando entramos naquele prédio, damos de cara com uma dura realidade: vidros quebrados, piso com buracos, fios desencapados, paredes descascadas. Como pode a autoridade da nossa cidade combater a criminalidade, as injustiças e ser leal à sociedade se os caras não têm um ambiente adequado? Calma! Tem mais!

Em conversa na delegacia, fiquei sabendo que cada policial contribui com R$30,00/ mês para que o ar condicionado possa ser ligado, que eles fizeram uma vaquinha para poder passar uma rede pelas dependências da delegacia e poder acessar o sistema interno da polícia, que o computador era seu particular, que a impressora também era e que ele tinha que comprar o papel e a tinta da impressora para os depoimentos. Os caras praticamente pagam para trabalhar. Não é a toa que o nosso sistema tenha se tornado corrupto. Não é a toa que temos um mercado negro para os serviços da justiça.

E há mais. Muito mais!

E, infelizmente, não posso gritar tudo o que queria. E talvez este texto seja apenas um sussurro. E um dia quem sabe, muitos sussurros virem um grito.

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quinta-feira, agosto 24, 2006

pay-per-view

porn movie

- Pai, estou vivendo de filmes pornôs.

- O quê?!? O que você está dizendo??? Mas você não ia começar a trabalhar em uma empresa de tv a cabo?

- É brincadeirinha, pai. Estou trabalhando em uma tv a cabo sim. Trabalho negociando direitos de exibição de filmes eróticos para um canal de pay-per-view.

- Ah, minha filha, depois me explique isso melhor. Não estou entendendo mais nada.

Os dias na empresa de tv a cabo foram cheios de novidade. Eu nunca havia trabalhado em nada diferente de um banco (ô vidinha chata!!!) e de repente me vi prestes a lidar com filmes, telefonemas com produtoras de filmes nacionais e estrangeiras, festivais de cinema e, quem sabe um dia, glamour (viajei demais, né?).

As equipes do meu departamento eram compostas de um pesquisador de produtos e um negociador. No meu caso, o meu dupla era o João. O cara era um mago em pesquisa pela internet e nessa época o Google nem sonhava em existir. Nós mexíamos com filmes para os Telecines e os canais de pay-per-view, do Sexy Hot inclusive. Ele descobria distribuidoras e produtoras das quais eu nunca tinha ouvido falar e pedia os demos (não, não, no estou falando do capeta). Chegavam aos meus cuidados caixas e caixas de fitas com trechos de filmes eróticos com os títulos mais engraçados que se pode imaginar. O boy do departamento se divertia lendo-os. Eis alguns:

Tatiana na Inglaterra: o lado anal da nobreza

Tatiana no Egito: ela foi encontrada com 3000 anos de tesão acumulados

E assim iam os outros...

O primeiro dia no trabalho começou com uma reunião para me apesentar ao diretor do canal de pay-per-view.

x rated

- Bom, Maria Paula, acho que deve entender com a indústria de filmes eróticos funciona. Há cinco níveis diferentes de filmes:

  • Nível 1: são aqueles filmes que compramos para o Sexy Time do Multishow. São mulheres nuas em chuveiros ou na cama se acariciando levemente, mas nada é realmente mostrado.
  • Nível 2: filmes exibidos pelo Playboy Channel. Homem e mulher, penetrações, mas exibidas de maneira discreta. Nenhum orifício é mostrado.
  • Nïvel 3: é aquele filme pornô que se aluga em locadoras de vídeo. Homens, mulheres, hétero, homo, sexo explícito e muitos detalhes, todos os orifícios. É esse que negociamos, mas não podemos comprar filmes com cenas homossexuais nem filmes brasileiros porque o Dr. Roberto Marinho não aprova. Imagina se um dia uma dessas atrizes que exibimos aparece na novela das 8.
  • Nível 4: pedofilia e sexo com animais (o quê?!? Isso é do nível 4? O que vem no nível 5, então?)
  • Nível 5: vulgo Yakuza - cenas reais de estupro e mutilação de órgãos. Mercado negro. Você provavelmente nunca verá um filme desses na sua frente.

Houve também o caso do produtor de Los Angeles que tive que enfrentar quando o informei que o canal havia reprovado 25 dos 30 demos que ele havia enviado. Ele era o maior produtor de filmes eróticos dos Estados Unidos e pediu um relatório detalhado, filme por filme, com o motivo das reprovações. Liguei para o cara que selecionava os filmes e pedi o relatório.

- Maria Paula, venha até a minha sala. Conversaremos pessoalmente.

Ai meu Deus! O que me aguarda?

Chegando lá...

- Entre e veja. Olha essa penetração. Tem muita sombra. Como posso vender um filme onde não se vê a penetração direito? E as espinhas na bunda dessa mulher? Diz pra esse cara que não vou fazer relatório nenhum. Não sou obrigado a dizer porque não quero os filmes dele.

Houve um dia que recebemos o Manual Básico para Sexo Oral e o enviamos ao canal para avaliação. O filme foi por engano para o Telecine. O diretor do Telecine mandou, como de praxe, a avaliação do filme via mail.

"O filme não se encaixa na grade do nosso canal. É muito educativo e exatamente por este motivo deve ser encaminhado ao Futura."

Rolamos de rir, é claro!

Ai, os ossos do ofício...


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quarta-feira, agosto 23, 2006

e o aniversariante de hoje é:

a Denise, minha amiga, minha irmã, mãe do meu afilhado Luigi!


denise e eu ano novo


denise e luigi


PARABÉNS!!!!!!

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terça-feira, agosto 22, 2006

e o aniversariante de hoje é:

meu compadre MARCELO!!! O orgulhoso pai do Guilherme, Mascote de Urubu

maracana flaXgoias 008

PARABÉNS!

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segunda-feira, agosto 21, 2006

seu flor

poligamia

Era um vez um contador chamado Herculano. Era casado com Dorotéia há 40 anos e amante de Dirce há 35. Tinha seis filhos. Todos de idade em escadinha. Morava numa casa no Méier, na Rua Dias da Cruz. Dirce morava em Niterói. Ele a visitava todas as terças e quintas à tarde. Dizia à sua mulher que tinha reunião com seu cliente mais antigo, o Dr. Bulhões. O Dr. Bulhões, por sua vez, era casado com Maria Silvia e ambos conheciam o Herculano há muitos, mas muitos anos mesmo. Conheciam Dorotéia e sabiam tudo sobre sua vida com Dirce.

Eis que um dia o telefone toca às 3:00 da madrugada na casa do Dr Bulhões. Era Dirce:

- Dr. Bulhões, desculpe incomodar mas o Herculano morreu! Não sei o que fazer! Ele está aqui em casa! A minha vida acabou! Eu não sei viver sem ele!

Ele olha para Maria Silvia e diz:

- Você vai para a casa da Dirce, leve o Felizberto com você para te ajudar. Eu vou cedinho à casa do Herculano para contar à viúva. Vou pensar em algo para dizer. Não sei como explicar porque ele estava em Niterói a uma hora dessas.

Maria Silvia acordou Felizberto. Ele era um amigo recém-separado que estava passando uns tempos com eles até arranjar um lugar para morar. Partiram para Niterói. Naquela época ainda não havia a ponte e a travessia levava mais de hora. Acabaram chegando lá de manhãzinha. Encontraram o coitado sentado à mesa, debruçado sobre uns cálculos, completamente vestido. Ele já tinha uma vida de casado com a amante também! Começaram os preparos para o funeral: caixão, cemitério e o mais difícil: transportar o corpo para o Rio de Janeiro.

Enquanto isso, o Dr. Bulhões se preparava para dar a notícia à viúva. Vestiu um terno preto, camisa branca e gravata preta. Esperou o relógio bater seis horas e se mandou para o Méier. Chegou lá por volta de 07:30. Ensaiou seus dizeres, respirou fundo e tocou a campainha. Dorotéia abriu a porta e um grande sorriso:

- Dr. Bulhões! Que surpresa! O Herculano não está. O senhor combinou alguma coisa com ele?

- Dorotéia, não tenho boas notícias a lhe dar...

- O safado morreu na casa da vagabunda! Eu sabia que isso ia acontecer! Nem para morrer em casa o canalha serviu! Tinha que morrer logo na casa da vagabunda?

Ela gritava tão alto que despertou a curiosidade de todas as vizinhas que batiam à sua porta e iam entrando casa adentro, agarrando o Dr. Bulhões querendo saber mais detalhes. Ao menor sinal de descuido, ele atravessou pela porta e saiu fugido daquele manicômio.

O velório foi marcado para 17:00 no cemitério do Caju. Dr. Bulhões foi o primeiro a chegar com medo de que viúva e "viúva" se encontrassem. Maria Silvia, depois de organizar tudo, foi em casa tomar um banho e trocar de roupa. Chegou um pouco depois das 17:30 e encontrou Dr. Bulhões e o chefe dos coveiros engalfinhados pelos colarinhos.

- Mas o que é que está acontecendo aqui? Não se tem mais sossego nem no cemitério? Temos um morto a velar!

- Maria Silvia, este homem está me dizendo que não vai enterrar o Herculano porque você esqueceu de reconher o atestado de óbito no cartório.

- Este senhor me disse que eu tenho que enterrar esse presunto senão ele vai deixar o morto aqui, que está pouco se lixando porque o cara já morreu mesmo e que enfie o corpo a senhora sabe aonde!

- Bulhões, vá conslar a Dorotéia que eu resolvo!

Dr. Bulhões se afasta e ela olha para o chefe dos coveiros:

- Senhor, por favor, quero que o senhor entenda que o problema pode se complicar ainda mais. Enterrar esse infeliz o mais rápido possível é uma necessidade. Imagine o senhor que ele morreu na casa da amante.

O coveiro piscou os olhos e esfreguo-os como que para acordar.

- E tem mais. A amante disse que vem ao enterro e eu não quero estar aqui quando as duas se encontrarem. E o senhor? Vai querer encarar?

- De jeito nenhum, madame! Já vi um desses aqui e sobrou tiro para tudo quanto é lado. Eu enterro o malandro, sim, mas a senhora tem que me prometer que me traz o documento reconhecido amanhã cedinho.

- Pode deixar! Promessa é dívida!

Após o enterro, fez-se a fila dos pêsames. Chegou a vez de Maria Silvia cumprimentar a viúva.

- Querida Dorotéia, se precisar d alguma coisa, pode contar conosco.

- Dona Maria Silvia, há somente uma coisa que preciso saber: ele estava vestido ou nu quando a senhora o encontrou na casa daquela vagabunda?

Surpresa com tal pergunta, Maria Silvia relembrou a cena do homem sentado morto à mesa, debruçado sobre uns c;alculos e respondeu:

- Dorotéia, eu não levantei o lençol para ver.

E saiu sentindo que havia vingado a verdadeira viúva de Herculano.

viuva

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quinta-feira, agosto 17, 2006

maria gasolina

ferrari

Depois que comecei a escrever aqui, percebi que tenho várias histórias na saga pela busca de amor (amor?).

É assim que se encontra o verdadeiro amor?

Entre as minhas várias empreitadas profissionais (fui até bancária, acreditem se quiser!), trabalhei um tempo para uma empresa de tv a cabo no Rio Comprido. Era trânsito pra ir, trânsito pra voltar. Passava mais tempo no carro do que nos butecos (ha!ha!ha!). Para piorar as coisas, o som do meu carro estava pifado. Eu precisava achar alguma distração urgente para passar o tempo. Não podia ficar falando no celular. Há anos acumulo multas por falar ao telefone dirigindo. Passei a observar os carros, modelos novos e modelos antigos, seus motoristas e seus hábitos. (Vocês não tem noção da quantidade de motoristas que enfiam o dedo no nariz quando não sabem que estão sendo observados!)

É. Cada louco com sua loucura. Comecei a tentar achar um padrão para o emplacamento dos carros. Modelo x letras. Vocês sabiam que até um tempo atrás só o município do Rio tinha a letra "L" e os demais municípios do estado "K"? Pois é. Esse foi o primeiro passo.

O segundo foi quando consegui associar o ano do carro à segunda letra da placa. E aí começou a parte divertida do engarrafamento: se eu ia ficar lado a lado por um tempão com um desconhecido e se o desconhecido fosse bonitinho, eu poderia pelo menos saber se ele era bom partido. Nunca selecionei minhas amizades pela conta bancária, mas a gente não está falando de amigos, né? A gente está falando de um completo estranho. Não custa adotar uns critérios...

placa de arro

A placa da foto é de Floripa, então não posso fazer uma leitura dela pra vocês.

Deixa eu contar uma das minhas aventuras no trânsito. Eu voltava à noite do trabalho. Estava tudo parado na Lagoa (é claro!). Olhei para os lados. Nenhum guarda. Liguei para a Ilana. Estávamos falando futilidades quando percebi que um homem maravilhoso numa pick up cabine dupla azul marinho estava emparelhado comigo e não tirava os olhos de mim.

- Ilana, preciso desligar! Tem um cara maravilhoso me azarando no trânsito e acho que ele vai pedir meu telefone. Só dou depois que vir a placa. Te ligo daqui a pouco.

O trânsito andou um pouco e ele me deu passagem com um sorriso... Bom, passei. Agradeci. O engarrafamento se dissipou misteriosamente (como sempre!) e ele me ultrapassou voado. Olhei a placa, é óbvio. Hummm! Carro novo... Me deu passagem de novo. Entrei no Jardim de Alá. Ele entrou também e atravessou a pick up na rua. Abriu a janela:

- Me dá seu telefone senão não libero a rua!

Dei. Fazer o quê, né? Pensei: Se ele me chamar para um chopp, vou sugerir o Guapo Louco porque conheço o dono e qualquer problema, estou protegida.

Ele me liga:

- Que tal tomarmos um chopp no Guapo Louco?

Caracas! O cara lê pensamento!

- Claro! Vou estacionar o carro e te encontro na porta.

Parei o carro em casa (o bar fica a um quarteirão) e fui até o bar. Encontrei o dono, Jacaré, na porta.

- Oi Maria Paula! E aí? Veio para o aniversário da Nathalie?

- Não, mas vou dar um beijo nela. (Eu mal conhecia a Nathalie.)

Aí vejo aquele homem alto, gatíssimo vindo na minha direção. E o Jacaré:

- Eduardo! Que bom te ver! Veio para o aniversário da Nathalie?

- É hoje? Não me lembrava...

Entramos. A Nathalie não entendeu nada. Ela caiu em prantos quando nos viu chegando juntos. Teve que ser consolada pelas amigas. Ele era ex-namorado da Nathalie.

Foi um balde de água fria. A coisa desandou ali mesmo.

Digo e repito: o Rio é uma ostra!



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segunda-feira, agosto 14, 2006

speed dating

blind date 2
O problema de ser uma pessoa curiosa é que às vezes a gente se sujeita a umas coisas, quer dizer, a umas roubadas sem tamanho. Eu já contei sobre a minha aventura "internáutica" de encontrar meu par perfeito, mas mesmo assim eu insisto. Dizem que errar é humano mas, insistir no erro é burrice... Sei lá.

Li, uma vez, numa revista semanal (talvez Veja ou Isto É) sobre essas agências de encontros. Na reportagem havia os telefones de contato e sites. Não me lembro do nome da agência, portanto vou me referir a ela como Speed Dating, que é o nome do tipo de negócio que as donas vendem.

O negócio é o seguinte: você entra no site e se cadastra. Preenche um formulário enorme sobre si, seus gostos, hobbies, hábitos, etc e sobre quem você busca. Aí você vai a uma entrevista. Nessa entrevista eles te colocam sob uma luz de interrogatório, encaram você com a sombrancelha esquerda ligeiramente elevada e perguntam:

- Quais são as suas intenções? O que você espera do encontro?

Aí surge o primeiro problema: como é o encontro? Vou ter que usar uma flor amarela no meu vestido para ser identificada? Vou sozinha? E se o cara for um serial killer, um assassino em série?

blind date

Acho que a cara que eu fiz pôs um freio na velocidade em que ela falava. Ela estava com pressa. Havia muitas entrevistas marcadas. Nossa! Como o povo tá desesperado! O mercado tá difícil mesmo! Ela parou, respirou e começou a me explicar:

- Após sua entrevista, faremos uma análise do seu perfil e assim que tivermos um grupo onde você melhor se encaixa, avisaremos. Os grupos são de 8 mulheres e 8 homens. Sempre marcamos em algum bar ou restaurante. Oferecemos um cocktail para os candidatos relaxarem. Inicialmente, temos uma mesa só para as mulheres e uma só para os homens. Depois as mulheres vão para suas mesas individuais e os homens se sentarão à sua frente e os casais terão breves entrevistas de 5 minutos cada.

- Hummm. Acho que entendi. Parece, assim, um rodízio de homens?

A expressão no rosto dela foi impagável. Acho até que ela ficou meio ofendida. Eu transformei a agência dela em uma churrascaria canibal...

rodizio

E foi exatamente assim: sentamos todas juntas e começou a fofoca à base de espumante. De repente vira uma delas e me diz:

- Você não é a Mary da Wise Up Centro? Eu tive aula com você! (Eu já trabalhei na escola do Centro...)

Pronto! Lá se foi meu anonimato.

- Ei! Espera aí! Você é amiga do Guilherme...

Bum! Mais uma!

Quase me levantei e fui embora, mas eu tinha a sensação que ia ser muito divertido e resolvi ficar.

Começou o rodízio. A gente sentou às mesas distribuidas em "U" com uma cartelinha onde escrevia o nome do cidadão e se gostaria de ter novo contato com ele. A cada cinco minutos um homem novo sentava à nossa frente. Quando se passavam os cinco minutos, tocava uma sineta "plim" dessas de hotel de filme, sabe?

Não me lembro de ninguém interessante, apenas que um cara olhou pra mim e falou:

- Você não malha na Ibeas?

Socorro! Não se pode mais fazer nada escondido?

Definitivamente, o Rio de Janeiro não é uma cidade. É uma ostra. Ainda mais quando se é famosa. É dose...

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quinta-feira, agosto 10, 2006

mascote de urubu - parte ii

As palavras abaixo não são minhas e sim relato emocionado de uma mãe orgulhosa.

maracana flaXgoias 015

Enfim fomos ao Maracanã. Era um dia muito especial para a família: o primeiro Maraca do
Gui.

Ele iria entrar em campo com o time, foi até o vestiário, mas na hora H, só a família do presidente do Flamengo entrou. Afinal de contas, era o dia da entrega da faixa de bi-campeão, lançamento da camisa nova e reestréia do Sávio.

Subimos as escadarias. A cadeira social ainda estava vazia. O Gui andou por todas e sentava em todas. Parecia escolher o melhor lugar.

Pouco antes de começar, o anel superior estava repleto de uma torcida rubro-negra. E isso porque o Flamengo estava na zona de rebaixamento. Que emoção! A torcida berrava. O Guilherme, que parecia ter nascido ali, amarradão, repetia todos os hinos, as canções, os xingamentos... De vez em quando ele lembrava da mãe-censura e dizia:

- Mãe, o moço falou "porra" e "putapaiu"!

Desisti, relaxei... não dá para brigar com a RAÇA RUBRO-NEGRA, nem tampouco com o coração rubro-negro, sim porque ele já tem alma de flamenguista... Ele foi geneticamente alterado no útero, lembra?

Entre biscoitos, pipocas e refris ele prestava atenção no jogo.

Cada jogador que caía, ele gritava: FALTA!!!!!! De vez em quando cansava um pouco e dava uma volta pelas escadas, gritando MENGO! ou MENGÃO! ou ainda BI-CAMPEÃO! E após cada grito beijava o escudo do flamengo repetidas vezes, arrancando boas gargalhadas dos espectadores além de vários comentários e gracinhas.

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A cada chute a gol a torcida fazia o tradicional UHHHHH! e o Gui perguntava:

- Foi gol, mamãe? O Flamengo ganhou???

Eu, com medo de não haver gols na partida, (afinal o gol só saiu aos 88min) e criar um trauma na criança dizia que sim... Mas no final foi 1 x 0 para o Flamengo, contra um valente Goiás.

Achei que o Gui não fosse agüentar até o final (ele só tem 2 anos e 4 meses), mas estava fascinado, pelo clima geral e contagiante!

Valeu! Ele adorou! Teve vitória na sua estréia em idas ao Maraca (o que afasta dele o fantasma de ser pé-frio) e o pai ficou todo bobo (mais do que o costume) e repetia incessantemente:

- Obrigado, Senhor!

Como conseqüência desta ida, o Gui trocou as inocentes cantigas infantis (marcha-soldado, atirei o pau no gato... ) pelo hino do Flamengo, ou por marchinhas da torcida, incluindo o tradicional revanchismo: '"... sou campeão do mundo, você não conseguiu, e o Vasco vai pra puta que paiu!'" ou ainda : ... "toma-no-cu-Euicu!"

Já estou apelando para todos os santos para me ajudar na educação desse menino, pois será mais árduo do que jamais imaginei!

Dorme com um barulho desses!

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segunda-feira, agosto 07, 2006

passageiro (5)7?

Cachorro no jogo do bicho é 7, passageiro indesejado de avião em Hollywood é 57, então um cachorro escondido numa bolsa dentro de um avião é o que? Passagueiro (5)7? Passageiro 50? Ou 64, somando os dois? Vocês devem estar pensando em um poddle numa bolsa para cachorros com a tal da GTA (Guia de Transportes de Animais) em dia etc. Não, eu não estou me referindo a isso.


Poodle



Nós sempre tivemos cadelinhas poodle, elas sempre participaram de nossas vidas e durante um bom tempo após a mudança da minha para a Bahia, mais precisamente pr'o Arraial d'Ajuda e montou a Pitinga, que o trajeto Rio-Porto Seguro ficou mais emocionante. Houve inúmeras vezes em que contrabandeamos animais, quer dizer, transportamos animais de forma informal em aviões. Infelizmente a modernização dos aeroportos tornou a aventura impossível, mas o passado nos condena.

Era uma vez, uma senhora chamada Antonia ou Silvia (naquela época ainda era Silvia - veja em Dia da Avó) descia de maneira suspeita de um táxi segurando uma bolsa grudada ao corpo, olhando para os lados e com a certeza de que todos olhavam para ela. Naquele tempo o Aeroporto Santos Dumont só exigia revista para a ponte aérea. Essa senhora, pelo menos duas vezes ao ano embarcava na maior cara larga com uma cadelinha malocada dentro da bolsa. Ela mantinha a bolsa no seu colo e uma das mãos sempre dentro da bolsa para que a bichinha não se assustasse e denunciasse aquela senhora de olhar tão doce e ar tão respeitável. Houve, porém, certo dia uma mudança de portão fez com que todos os passageiros tivessem que se dirigir ao raio x para ter sua bagagem inspecionada. A velhinha, coitada, suava frio, aquela fila parecia interminável e os segundos pareciam horas. Chegou sua vez. Ela pensou em fingir um desmaio ou uma crise de pressão alta, o que por poucos segundos não seria mais preciso fingir. Ela coloca a bolsa na esteira e a bolsa entra no raio. O rosto do funcionário da segurança do aeroporto muda. Um ar inquisitvo toma conta e ele aperta aqueles botões fazendo com que a bolsa vá e volte. Chama um colega e depois outro. Finalmente, ele resolve questionar a simpática velhinha que o olha da maneira mais cínica do mundo:

- Minha senhora, tem algo errado com sua bagagem. A senhora poderia abrí-la?

- Moço, eu não posso abrir a minha bolsa senão todo mundo vai saber que estou levando a minha cachorrinha escondida aí. Ela é boazinha e tomou um remedinho para dormir. Ninguém vai perceber. Por favor, deixa. Eu não posso viajar sem ela.

Pausa. O funcionário olha para ela e quando abre a boca para dizer algo, ela imediatamente começa:

- Ai! Minha pressão! Acho que vou desmaiar! Preciso sentar.!.

- Minha senhora, calma! Por favor, se acalme! Tudo bem. Desta vez, vai passar porque se a senhora morre aqui... Deus me livre!

Nem preciso dizer que ela saiu bem dessa e de muitas outras. Ela acabou ficando conhecida, mas aí ela já estavam diminuindo as suas idas e vindas e não houve maiores conseqüências.

Eu, porém, tive minha parcela de emoções também. Como a Preta, minha cadela, era um pouco maior que a da minha avó, era mais difícil de malocar. Então, por um bom tempo, segui as leis como deveria. Levava a bichinha até um veterinário credenciado pelo Ministério da Agricultura (como se o meu cachorro fosse um legume) para tirar a GTA. Comprei uma caixa de transporte. Avisava no ato da reserva que viajava com um pet e lá ia a coitada para o porão do avião. É claro que nenhum avião que fizesse a rota sem escalas do Rio para Porto Seguro tinha compartimento para animais e éramos obrigadas a fazer uma escala de 3 horas em SP. A bichinha chegava lá em frangalhos, doidona do remédio e toda suja.

Até que um dia eu cansei. Cansei de correr pra lá e pra cá tirando documentação. Até porque cada GTA só valia para uma perna da vigem, tendo que fazer tudo de novo em Porto Seguro. Cansei de ter que deixar a minha filhinha em uma caixa por um período tão longo, fora o medo de que a minha cadela fosse extraviada e parasse em Manaus. Acho que os funcionários dos aeroportos também se cansaram de mim pois eu atormentava todos durante a escala para saber como estava a minha filha, queria vê-la para ter certeza etc.

Nesse dia eu estava voltando de Porto Seguro, onde não há raio x no aeroporto. Resolvi arriscar. Dei um remedinho para a Preta, coloquei-a na bolsa, passei um óleo de peroba no rosto e fui. Entrei no avião e tive uma sensação estranha ao olhar para a cara da aeromoça. Ela não era do bem. Achei meu assento. Cumprimentei o cara ao meu lado. Coloquei a bolsa no chão. Enfiei meu pé dentro para a Preta sentir minha presença. Estava tudo correndo muitíssimo bem. A tal aeromoça do mal, com um tom de voz soturno, me diz:

- A senhora tem que alocar a babagem no compartimento acima da sua cabeça.

- Não posso colocar o chão?

- Não. Somente no compartimento acima de sua cabeça.

Aloquei. O avião estava lotado. Havia uma excursão da Soletur que tocava um pagode. Ninguém merece! De repente, o rapaz ao meu lado, um gatinho, puxa conversa (oba!)

- Você está ouvindo um rangido? Tem algo rangindo no avião.

Era a Preta, coitada, trancada no compartimento acima da minha cabeça provavelmente sufocando. Deixei o avião decolar e desci a bolsa, coloquei meu pé dentro e tudo voltou ao normal. O rapaz olhou para mim com cara de ponto de interrogação e me vi obrigada a abrir o jogo.

- É a minha cachorrinha. Ela está muito mal e o veterinário disse que ela não resistiria à viagem se fosse no porão. A companhia aérea não me deu nenhuma ajuda e fui obrigada a trazê-la escondida. Ela está dopada. Se você quiser, podemos tentar mudar de assento.

- Não precisa. Está tudo bem, mas cuidado com aquela aeromoça. Ela tem jeito de mal-amada.

Não deu outra! A mulher veio me pedir para colocar a bolsa no compartimento acima da minha cabeça.

- Senhora Fulana, não posso. A minha bolsa tem conteúdo frágil e vai nos meus pés.

- Não vai, não. Senão vou ter que falar com o capitão.

- Ah, então já que senhora vai falar com o capitão, devia falar logo a verdade: o que tenho na minha bolsa é a minha cadelinha que está muuiiiito mal e está dopada. Meu vizinho aqui não se incomoda. Se a senhora quiser, podemos voltar para Porto Seguro, mas acho que a galera não vai gostar.

- A senhora mentiu para a companhia aéra!

- Não menti, não. Liguei mais de dez vezes, contei a história toda, mas fui ignorada. A companhia aérea vai ter que se explicar com TODOS os passageiros deste vôo. Tá afim?

Ela calou-se. Olhou pra mim como o próprio demo. Engoliu a seco. Bateu os calcanhares como se fosse militar e nunca mais voltou ao meu assento.

Depois disso, desisti de levar meus animais para visitar a vovó deles (minha mãe).

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sexta-feira, agosto 04, 2006

solteira no rio de janeiro

Dia desses começou uma discussão sobre os motivos pelos quais há tantos solteiros e solteiras no Rio de Janeiro e mesmo assim está difícil achar a cara-metade. Responda quais destes se aplicam mais você:

Por que você é solteiro / solteira?

De complicado(a) já basta eu!!!!

Porque homens/ mulheres são como estacionamento, as melhores vagas já estão ocupadas!!!

Pois o lindo é eternamente ser livre e viver como um(a) eterno(a) adolescente!!

Ainda não encontrei a formula para deixar de ser solteiro(a)!!!

Para não ter dor de cabeça.



Mas no final das contas...

radical

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terça-feira, agosto 01, 2006

dia do orgasmo

Sei que não é nada nobre escrever sobre o Dia do Orgasmo no dia seguinte ao texto sobre o Dia da Avó, mas só tive acesso a essa informação hoje. Com um dia de atraso... Foi ontem! Acho um absurdo não divulgarem a data! Confesso que me desapontei com a falta de publicidade em torno do evento. Quem é que não quer comemorar uma data tão nobre? Quantas pessoas deixaram de comemorar? Trata-se de uma estatísitca que gerará resultados de proporções homéricas.

Aliás, poderíamos ter uma propaganda assim:

Presente do Dia das Avós: R$30,00 (aparecem umas agulhas de tricô e muitos, mas muitos novelos de lã)

Presente do Dia das Mães: R$300,00 (aparece um jogo de panelas)

Presente do Dia do Orgasmo: Não tem preço! (aparecem algemas, chicotes etc)

Não houve promoção dos motéis, floricultura, sex shops... Nem a Casa & Video e olha que eles promovem tudo! Vocês conseguem imaginar aqueles encartes amarelos dos jornais com algemas, chicotes, vibradores, KY, roupas de couro e toda a parafernália na quarta capa da Revista da TV?

diadoorgasmo

Um amigo meu de codinome Beija-Flor disse que comemorou no fim de semana. Se ele sabia, porque não espalhou? Cara egoísta!

Fui bisbilhotar de onde surgiu o Dia do Orgasmo. Eu suspeitava que isso não era coisa de tupiniquim porque nós nos achamos as pesssoas mais sexuais do mundo e por causa disso todo dia é dia do orgasmo e de orgasmo. Bingo! Na mosca! Foram os ingleses! Isso em nada me espanta. O último inglês a fazer muito sexo foi Henrique VIII no século XVI.

A data foi criada há quatro anos por sex shops inglesas. Fizeram uma pesquisa e o resultado foi assustador: cerca de 80% das mulheres inglesas nunca chegaram ao orgasmo. Que horror!!! Então resolveram se juntar e estimular a prática do sexo. E aumentar as vendas em contrapartida, mas sempre negaram o lado comercial da coisa. Somente o lado social importa. Afinal, todo mundo é mais feliz se tiver prazer na vida... Sem a menor sombra de dúvida.

Como tenho leitores no Reino Unido, acho mais do que justo divulgar sites onde dúvidas possam ser tiradas:

Especiais:
Posições do Kama Sutra
Saiba como chegar lá - Parte 1
Chegue lá - Parte 2

Dicas infalíveis:
Orgasmo: você pode ter um
Saia do marasmo sexual!
Tenha uma noite excitante
Brinquedinhos eróticos
Sexo tântrico: tiro e queda

Testes:
Satisfeita com sua vida sexual?
O sexo precisa de um tempero?
Como você é na cama?

Dúvidas supercomuns:
Será que tive um?
Não tenho. A culpa é dele?
Sem gozar com a penetração?
Meu namorado não sente
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Existe pílula do orgasmo?
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